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Há bom tempo venho observando o livro “Comer, Rezar e Amar”, nas listas dos mais vendidos. Indiscutivelmente, cuida-se de um best-seller mundial.
Certamente por experiências com o que emana das terras do Tio San, em termos de produção cultural, entendi não ser aconselhável lê-lo. Preconceito? Pode até ser, mas temos a liberdade de correr o risco, principalmente já tendo experimentado situações semelhantes nas quais quebrei a cara. É a famosa situação do “gato escaldado que tem medo de água quente”.
Pois bem, esta semana, tomei conhecimento que o filme baseado no aludido livro e homônimo, estava em cartaz aqui em Divinópolis, quando verifiquei maiores detalhes sobre o tema abordado o que levou-me a sentir interesse sobre a película.
Jamais abro mão de ler um livro, mesmo existindo um filme que o retrata, mas neste, convicto de que não o leria, vi uma oportunidade para assistir a um filme, principalmente considerando que não vou a um cinema desde que as grandes casas de exibição foram desativadas.
Assim, nesta quarta-feira, às sete horas estava eu assistindo à produção que acabou por despertar muita curiosidade pelo seu argumento.
A fotografia do filme é esplendida, com cenas na incomparável Itália, na exótica Índia e na maravilhosa Bali, na Indonésia. Um visual de encher os olhos, dando contorno à Julia Roberts, que a despeito de não ser bonita, continua sendo “uma bela mulher” e neste filme está melhor que nunca, como todo o elenco.
Outro ponto forte do filme é a música, pois passeia por estilos de músicas diversos, dependendo de onde é a cena, desde o país de origem, na Itália, na Índia, da qual gosto muito da música, dado meu interesse por aquela cultura e na Indonésia, onde, curiosamente, destaca nossa música, vez que há neste lugar um personagem brasileiro.
Assim tive a grata satisfação, depois de bom tempo de filme, ouvir Samba da Benção do Toquinho e Vinícius. Mas não ficou por ai, pois até o final foi uma seqüência do melhor da Bossa Nova, com direito a Wave, dentre outras pérolas.
Mas com tudo isso, aconteceu o que eu menos desejava, um desfecho como habitualmente ocorre em obras enlatadas. Foi lastimável.
Um filme com um argumento ótimo, com excelentes atores, visual impecável e ainda abrilhantado por excelente música, merecia um desfecho menos meloso, que não fosse a indesejável “água com açúcar”.
Saí do cinema com a sensação que quem “ganha, mas não leva”. Como uma interrupção no filme sem que me fosse dado a oportunidade de terminar de assisti-lo.
Acabo concluindo que, minha suspeita sobre o livro, que mencionei no início, não era em vão!
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10 de nov. de 2010
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4 comentários:
Paii, ontem fui ao cinema assistir esse filme tbm. Gostei mto das músicas e quero mto conhecer Bali, não imaginei que seria tão bonito lá!
Que bom que vc voltou a postar no blog!
Marina
Realmente o filme é muito aprazível aos olhos, pena que peca pelo conteúdo.
O meu retorno está se dando de forma meio tímida, mas pretendo ir aumentado as postagens.
Continuo contando com seu apoio.
Beijos!
Oi!
Tudo bem?
qto tempo!
Recebi seu comunicado sobre o blog e fiz uma visita rápida.
Fazia tempo que não lia. Achei que vc tinha desistido de escrever por lá e sendo assim parei de segui-lo.
Hoje ao retornar passei os olhos sobre os posts antigos e sempre que leio algo sobre o filme "Comer rezar amar" lembro-me de um dos melhores comentários que já li sobre o filme e que descreve bem meu olhar, escrito pela Martha Medeiros.
"assisti a Comer, Rezar, Amar, que achei muito mal roteirizado. O livro é delicioso, mas cinema tem outras demandas. Senti falta de um conflito, alguma coisa que provocasse o envolvimento do espectador. O personagem de Julia Roberts não provoca nada disso, não sabemos por que seus relacionamentos não deram certo, não sabemos o que lhe tortura internamente, não sabemos em busca de quê, afinal, ela está. Fica tudo meio à toa, o que torna o filme cansativo, apesar dos cenários idílicos. Bom para os olhos, mas entramos e saímos do cinema totalmente indiferentes. Ao menos comigo foi assim."
No blog "Divinas Crueis", tb tem uma perspectiva sobre o assunto e comentários.
Luciana
Oi Luciana
Que bom receber sua manifestação e saber que continua prestigiando o blog.
Você ressalta algo que realmente faltou no filme, que é uma “provocação”.
Espero sempre seus pertinentes comentários.
Abçs.
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