10 de nov. de 2010

“Comer, Rezar e Amar”

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Há bom tempo venho observando o livro “Comer, Rezar e Amar”, nas listas dos mais vendidos. Indiscutivelmente, cuida-se de um best-seller mundial.

Certamente por experiências com o que emana das terras do Tio San, em termos de produção cultural, entendi não ser aconselhável lê-lo. Preconceito? Pode até ser, mas temos a liberdade de correr o risco, principalmente já tendo experimentado situações semelhantes nas quais quebrei a cara. É a famosa situação do “gato escaldado que tem medo de água quente”.

Pois bem, esta semana, tomei conhecimento que o filme baseado no aludido livro e homônimo, estava em cartaz aqui em Divinópolis, quando verifiquei maiores detalhes sobre o tema abordado o que levou-me a sentir interesse sobre a película.

Jamais abro mão de ler um livro, mesmo existindo um filme que o retrata, mas neste, convicto de que não o leria, vi uma oportunidade para assistir a um filme, principalmente considerando que não vou a um cinema desde que as grandes casas de exibição foram desativadas.

Assim, nesta quarta-feira, às sete horas estava eu assistindo à produção que acabou por despertar muita curiosidade pelo seu argumento.

A fotografia do filme é esplendida, com cenas na incomparável Itália, na exótica Índia e na maravilhosa Bali, na Indonésia. Um visual de encher os olhos, dando contorno à Julia Roberts, que a despeito de não ser bonita, continua sendo “uma bela mulher” e neste filme está melhor que nunca, como todo o elenco.

Outro ponto forte do filme é a música, pois passeia por estilos de músicas diversos, dependendo de onde é a cena, desde o país de origem, na Itália, na Índia, da qual gosto muito da música, dado meu interesse por aquela cultura e na Indonésia, onde, curiosamente, destaca nossa música, vez que há neste lugar um personagem brasileiro.

Assim tive a grata satisfação, depois de bom tempo de filme, ouvir Samba da Benção do Toquinho e Vinícius. Mas não ficou por ai, pois até o final foi uma seqüência do melhor da Bossa Nova, com direito a Wave, dentre outras pérolas.

Mas com tudo isso, aconteceu o que eu menos desejava, um desfecho como habitualmente ocorre em obras enlatadas. Foi lastimável.

Um filme com um argumento ótimo, com excelentes atores, visual impecável e ainda abrilhantado por excelente música, merecia um desfecho menos meloso, que não fosse a indesejável “água com açúcar”.

Saí do cinema com a sensação que quem “ganha, mas não leva”. Como uma interrupção no filme sem que me fosse dado a oportunidade de terminar de assisti-lo.

Acabo concluindo que, minha suspeita sobre o livro, que mencionei no início, não era em vão!
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4 comentários:

Marina disse...

Paii, ontem fui ao cinema assistir esse filme tbm. Gostei mto das músicas e quero mto conhecer Bali, não imaginei que seria tão bonito lá!
Que bom que vc voltou a postar no blog!

Ildeu Guimarãres Mendes disse...

Marina
Realmente o filme é muito aprazível aos olhos, pena que peca pelo conteúdo.
O meu retorno está se dando de forma meio tímida, mas pretendo ir aumentado as postagens.
Continuo contando com seu apoio.
Beijos!

Anônimo disse...

Oi!
Tudo bem?
qto tempo!
Recebi seu comunicado sobre o blog e fiz uma visita rápida.
Fazia tempo que não lia. Achei que vc tinha desistido de escrever por lá e sendo assim parei de segui-lo.
Hoje ao retornar passei os olhos sobre os posts antigos e sempre que leio algo sobre o filme "Comer rezar amar" lembro-me de um dos melhores comentários que já li sobre o filme e que descreve bem meu olhar, escrito pela Martha Medeiros.

"assisti a Comer, Rezar, Amar, que achei muito mal roteirizado. O livro é delicioso, mas cinema tem outras demandas. Senti falta de um conflito, alguma coisa que provocasse o envolvimento do espectador. O personagem de Julia Roberts não provoca nada disso, não sabemos por que seus relacionamentos não deram certo, não sabemos o que lhe tortura internamente, não sabemos em busca de quê, afinal, ela está. Fica tudo meio à toa, o que torna o filme cansativo, apesar dos cenários idílicos. Bom para os olhos, mas entramos e saímos do cinema totalmente indiferentes. Ao menos comigo foi assim."

No blog "Divinas Crueis", tb tem uma perspectiva sobre o assunto e comentários.

Luciana

Ildeu Guimarãres Mendes disse...

Oi Luciana
Que bom receber sua manifestação e saber que continua prestigiando o blog.
Você ressalta algo que realmente faltou no filme, que é uma “provocação”.
Espero sempre seus pertinentes comentários.
Abçs.