31 de dez. de 2009

Feliz Ano Novo!


Nesta época do ano sempre lembro, quando menino, de ver em folhinhas, revistas ou jornais, charges alusivas à passagem de ano, que mostravam uma criança chegando e um velho de barbas brancas retirando de cena. A despeito da limitação do tema, havia muita criatividade e cada arte que via, sempre surpreendia, mesmo sem muitos recurso gráficos.

Estamos no momento final do ano de 2009 e prestes a iniciar as anotações em uma nova agenda. Mesmo a vida sendo contínua, esse momento de mudança de calendário traz uma sensação boa, de renovação de começo, ou melhor, recomeço.

Espero que os planos traçados para o ano novo sejam todos cumpridos, como os tradicionais: emagrecer; começar a fazer exercício físico; ler mais...

Enfim, desejo a todos muito sucesso, que tenhamos mais alegria, humor e menos stress.

E lembrem-se, nenhum ano será realmente novo se continuarmos a incorrer nos mesmos erros e falhas do ano velho.


Hurra!, Feliz Ano Novo!
________________________

30 de dez. de 2009

Stand up Comedy em Divinópolis

.
Ontem à noite assisti a uma apresentação de stand up comedy que faz parte de um projeto no qual todas terças-feiras um grupo apresenta, às 21 horas em um estabelecimento (restaurante, pizzaria, bar).

Stand-up comedy é uma expressão em inglês que indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. O humorista se apresenta em pé, daí o termo “stand up”.

É uma apresentação destituída de cenários, caracterização, personagem e recursos teatrais, contando apenas com o talento do artista, o qual, de cara limpa faz humor basicamente de elementos retirados do dia-a-dia, seria uma crônica cômica oral.

Achei o projeto fantástico por levar arte e humor à população, que além de excelente qualidade é de graça e ainda assistimos fazendo o que o divinopolitano mais gosta -, sentar em um bar tomar uma cerveja e apreciar uns petiscos.

Os artistas são daqui e fazem parte de uma trupe de nome “Os Teatráveis”, a quem dou os parabéns, primeiramente pela excelente qualidade da apresentação e segundo pelo projeto, que além de inédito e inovador está levando à população algo que estamos muito carentes que é arte e arte de primeira qualidade.

Ao lado coloco um folder do projeto, para o acompanhamento de todos, valendo lembrar que as apresentações tiveram início em 15/12 e encerrarão em 09/03, portanto ainda teremos muitas apresentações que acredito não ocorrer repetição. Maiores informações pelo site
www.osteatraveis.com.br.

Vamos prestigiar e de quebra, teremos uma agradável noite de muito humor e entretenimento. E boas gargalhadas!
__________________________

E depois reclamam de sogra...

.





















___________________________

24 de dez. de 2009

Viva o Natal!

.
Natal para mim é o momento de se fazer um balanço do que aconteceu no ano que passou e fazer planos para o que chega.

É quando começamos a fechar a agenda para abrir outra, novinha em folha e ávida para receber os registros do novo ano. Embora a vida não para, mas este simbolismo de conclusão de uma etapa e reinício de outra faz muito bem.

Nesse período o tempo fica mais letárgico por um lado e agitado pelo outro, das compras, presente, confraternizações e alegria.

É um momento em que parece que as coisas ruins são postergadas em função de tudo que é bom. As pessoas se cumprimentam mais e ficam menos armadas.

O fervor das compras agita a economia, gera mais empregos e todos saem ganhando em todos os sentidos, pois até aquele mais seguro abre um pouco a mão, fazendo com que seu intocável dinheiro faça a roda da economia girar. Esse ato de presentear acaba por ser uma expressão de desapego, o que é muito bom.

Para se ter uma idéia de que o desapego faz bem, nesse período as pessoas ficam mais soltas, mais solidárias e solícitas, o que gera uma corrente de amabilidade e um bem estar geral.

A despeito de se fazer apologia de ligação do natal à mitologia cristã, quem impera forte e mantém a tradição é o velho Papai Noel, simbolizando o império do capitalismo.

Imbuído neste sentimento desejo a todos, boas festas, com uma farta mesa, regada a uma agradável bebida e muitos presentes, ofertados e recebidos, vez que assim, até quem não conhecemos é agraciado com o espírito natalino. E
viva o Natal!
_________________________

23 de dez. de 2009

O Melhor Benefício das Corridas

.
Hoje, véspera de Natal, trabalhei muito, pela manhã, em Divinópolis e logo depois do almoço fui para Formiga, a trabalho e posteriormente a Samonte, também no labor. Foi um dia pesado.

Porém, já passado das dezessete horas, de retorno, na saída de Samonte, ao longe vejo dois corredores, num batido bastante cadenciado. Aproximei o carro e os reconheci. Parei, desci e eles interromperam o treino. Foi aquele encontro agradável.

Eram o Robson Conrado e o Ângelo César, corredores de Samonte, que sempre encontramos nas provas. Novos conhecidos e amigos.

Ficamos ali por um bom tempo, colocando a prosa em dia e não poderia faltar assunto sobre corrida. Foi um encontro muito bom, que amenizou o peso de um dia laborioso.

É assim, o mundo da corrida de rua, constantemente nos surpreende com momentos agradáveis, como esse narrado.

Inquestionável os benefícios proporcionados pela prática esportiva, notadamente a corrida, no corpo e na mente, mas, para mim, o melhor benefício é a sociabilidade, o clima existente entre corredores.

Há alguns dias, em uma entrevista para uma matéria na televisão, sobre corrida, o repórter sempre direcionava suas perguntas para que eu discorresse os benefícios da corrida, dando muita ênfase à saúde do corpo e da mente, mas inevitavelmente minhas respostas acabavam ressaltando mais o aspecto social das corridas.

Não nego os bons efeitos físicos e mentais, mas contribuindo para uma saúde social, esta acaba por reverberar nos outros aspectos da vida.

Em apenas dois anos de corrida, o meu círculo de amizades e companheirismo, aumentou enormemente e o que é mais importante, também em qualidade.

Não fosse a corrida eu não conheceria o Róbson nem o César e não teria aquele agradável e revigorante encontro de hoje no final da tarde em Samonte. Isso é muito bom, faz bem para a saúde como um todo, tendo que ser mantido e ampliado.
_________________________

22 de dez. de 2009

Copacabana Club

.
Por esses dias descobri um grupo (agora é banda) de Curitiba, chamado Copacabana Club, que faz um som de primeira qualidade.

Todas as músicas são cantadas em inglês e o ritmo é vivo, pra cima e muito empolgante, além de ser diferente.

Evidentemente que é de se perceber a influência, de muita gente boa, já que não é fácil definir o estilo por tratar-se de uma salada rítmica. Lembra inclusive a velha Blitz, porém mais elaborado.

Tenho percebido que a criatividade anda em baixa. Talvez por já se ter sido feito tudo em termos artísticos, ou pelo menos quase tudo, o que exige muito de quem resolve criar, razão pela qual quando percebemos algo novo chama tanto a atenção.

Não é de hoje que esse pessoal do sul tem apresentado um trabalho de vanguarda e muito bom. O curioso é que esse grupo é formado por gente muito nova.

Embora não possa comparar, quando ouvi pela primeira vez me fez lembrar o genial, Morphine, que era composta por três elementos, tocando um sax tenor, uma bateria e um contrabaixo com uma só corda, sendo que, com essa formação incomum, já causava impacto, porém não era nada quando o som brotava.

O Copacabana Club também apresenta uma formação não tão comum, pois tem uma baterista, uma cantora muito carismática e sex com uma forte presença de palco e três rapazes nos demais instrumentos.

Vale a pena conhecer e sentir o batido frenético desse grupo que lembra disc music, rock primitivo, B52 (lembram?), punk, new wave, um que de samba, de Jorge Benjor e uma série de coisa boa por ai.
____________________________

20 de dez. de 2009

O Ultramaratonista

.
Hoje acabei de ler o livro “O Ultramaratonista”, do próprio Dean Karnazes, um americano de origem grega que constantemente está a desafiar os limites da sua resistência, como correr sozinho a prova The Relay, com 322 km que é de revezamento, ou 50 maratonas em 50 dias seguidos, uma em cada um dos 50 estados os americanos.

Em setembro deste ano, o Dean Karnazes esteve no Brasil, para lançar seu último livro e correu por 24 horas sem parar pela cidade de São Paulo.Houve um concurso para escolher pessoas que o acompanharia por trechos de cerca de 20 km, oportunidade em que concorri, mas infelizmente não fui contemplado. Quem passou pela experiência achou o máximo, segundo relatos em revistas especializadas em corrida.

Na última capa do livro tem um comentário do Editor, apresentando a obra, no qual faz uma série de afirmações sobre a opção do autor, que mudou sua confortável rotina por uma vida saudável e fazendo a alusão de que ele ensina as pessoas a viverem uma vida mais equilibrada. Chega a afirmar que trata-se de “um livro de saúde” e “um guia para uma nova vida”.

Descordo totalmente, pois o que não existe nas ações do Autor é saúde ou equilíbrio, pois ele extrapola tudo que se conhece em termos de cuidado com o corpo. A despeito dele ser dotado de uma resistência fora do comum, certamente colherá, no futuro, os frutos desse abuso de seu potencial.

Não por isso, o livro não deixa de ser bom, ou melhor, ótimo, principalmente quando o leitor tem uma afinidade com o mundo da corrida.

E mais, o livro é recheado de reflexões fantásticas sobre a vida, vez que existe em toda a obra o paralelo entre as dificuldades e o prazer da corrida com tudo que ocorre em nossa vida. Deixo aqui um pequeno trecho para reflexão de todos.

“Se você não está exigindo de você algo além da zona de acomodação, se não estiver constantemente exigindo mais de você mesmo, expandindo e aprendendo à medida que avança, está escolhendo uma existência sem sentido. Está negando a você mesmo uma viagem extraordinária.”
__________________________

18 de dez. de 2009

Confraternização ioga na casa do Juvenil

.
Como já se tornou tradicional, todo final de ano participamos de uma confraternização entre pessoas que praticam ioga, simpatizantes e mesmo aqueles que, sem ter qualquer ligação com o assunto, de forma instintiva vivem segundo os preceitos desta prática milenar.

Este evento é promovido pelo iogue e amigo Juvenil de Oliveira, que, inquestionavelmente, é a maior referencia em ioga em Divinópolis.

E ontem, não sendo diferente, participamos de mais uma confraternização na bela, agradável e exótica casa do nosso iogue mor e na companhia de pessoas de bom coração e vocação, que falam a mesma língua, a exemplo do anfitrião.

Estes encontros, poderíamos chamá-los de um Puja indiano, que a despeito de não praticarmos qualquer ritual sistematizado por uma instituição, agimos de forma livre e desarmados de que existe de mal no mundo. É um momento de descontração, leveza e reflexão e isento de qualquer credo ou de perniciosas imposições dogmáticas. Cuida-se de uma Puja leve, livre e solto, onde se impera a descontração, amizade, boas prosas, petiscos e sucos.

Certamente dado ao momento agradável ali proporcionado, este ano esteve presente um número recorde de participantes, o que só contribui para engrandecer o evento em todos os sentidos, no qual houve a oportunidade de comemorar o aniversário da Juliana, uma londrina de coração, que embora daqui da terra, lá no velho mundo reside há 20 anos.

Com toda a certeza ontem saí daquela confraternização me sentindo mais leve do que lá chequei, devido a boa energia ali gerada.

Fica aqui os meus parabéns ao Juvenil e o estímulo para que continue nos dando oportunidade de vivenciar aquilo que sentimos ontem à noite.


Como já afirmei por inúmeras vezes, volto a repetir: - o mundo precisa de mais pessoas como o Juvenil.
____________________________

13 de dez. de 2009

10ª Corrida Rústica Preparatória

.
Hoje pela manhã, participamos da última corrida do Circuito Conheça Divinópolis Correndo, neste ano, com a prova 10ª Corrida Rústica Preparatória, que tem esse nome por ter como um de seus objetivos servir de preparo para aqueles que irão à São Silvestre.

É uma prova pesada e hoje, com certeza, tive o meu pior desempenho do ano, mas não por isso deixou de ser um evento maravilhoso.

A confraternização que estas corridas do nosso circuito gera, é algo que suplanta qualquer adversidade, até mesmo aquelas que ocorrem para se fazer acontecer estas provas, e que não são poucas.

As nossas corridas acabam por aglutinar uma grande família podendo observar uma sintonia e amizade entre todos.

Já pesquisei exaustivamente pela Internet e até mesmo conversando com corredores por esse Brasil afora e posso afirmar com absoluta tranquilidade que essa iniciativa do nosso circuito é inédita no país, o que é cobiçado por todos que tomam conhecimento.

Pois bem, encerradas as atividades no ano, fica a agradável sensação de missão cumprida e a expectativa de um recomeço em 2010, que promete novidades.

A todos, com os quais encontrei nestas corridas, fica o meu agradecimento, pelo convívio agradável, atenção, companheirismo e apoio, que são impagáveis.

Até 10 de janeiro de 2010 na 13ª Corrida de Reis, com largada no Bairro Esplanada.


*Clique na foto para ampliar
_____________________________

12 de dez. de 2009

Natal Divino

.
Ontem fui convidado para assistir a uma apresentação na Praça da Catedral (Divinópolis), que dentre outros artistas, o destaque era o coral As Meninas Cantoras de Petrópolis, promovido pela TV Alterosa e Prefeitura Municipal.

A princípio tive certa resistência, por atrapalhar meu treino (corrida) e também pela falta de conforto, pois certamente ficaria de pé e também por achar que seria meio chato um coral cantando músicas de Natal, já que o tema era este.

Coral sempre me lembra pessos cantando com um movimento da boca mais do que é necessário, parecendo que estão pronunciando uma palavra diferente do que o som que sai, e, via de regra, cansativo, ainda mais assistindo de pé.

Mesmo assim, lá compareci. Como é habitual demorou um pouco a começar, houve algumas apresentações de artistas locais, até que As Meninas Cantoras de Petrópolis subiram ao palco.

Abriram a apresentação cantando Disparada do Geraldo Vandré, além de fantástico, a platéia passou a se mostrar viva e envolvida.

Confesso que fiquei surpreso, pois não esperava aquela performance, valendo considerar que muito mais estava por vir.

Gostaria de destacar a presença de palco do Maestro, que bastante animado e efusivo, interagia com o público de forma muito agradável, além de um tecladista que acompanhava as apresentações, dando um show à parte.

O repertório trafegou do popular brasileiro como sertanejo, Roberto Carlos, MPB, clássica como uma ária de Puccini, dentre outras, música estrangeira como Beatles e a melhor de todas, para mim, o fado “Canção do Mar” consagrado na voz da falecida Amália Rodrigues e solado divinamente por uma das meninas, em português de Portugal, ficando o backing vocal a cargo de todo o coral. Foi maravilhoso!

Não faltaram as tradicionais músicas de Natal, às quais fora dado um arranjo e ritmos especiais, fugindo daquilo que já estamos bastante cansados.

A apresentação mexeu com todo o público, que teve uma participação interativa, graças à animação do maestro e a atuação recheada de coreografias das Meninas do Coral. Certo é que, mesmo de pé, não vi o tempo passar.

Não é à toa que o George Martin, o produtor dos Beatles, em seu livro de memórias intitulado “SGT. PEPPER'S”, referiu às Meninas Cantoras de Petrópolis dizendo: “...Só os Anjos cantam assim...”.

Mas a melhor definição para o show, foi dada pelo amigo e corredor Teodoro: “foi o melhor acontecimento em Divinópolis, este ano”, o que sou forçado a concordar.
___________________________

10 de dez. de 2009

Tem informações sobre o Celso?

.
Os queridos, Célia e Zé Carlos, agora gaúchos, me contaram esse caso, ocorrido com um conhecido deles, lá em Porto Alegre, que aqui transcrevo na forma de diálogo.

- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
- Qual e o nome do paciente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um instante só! Hummm! Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302! É que todo mundo entra e sai desta merda deste quarto e ninguém me diz porra nenhuma. Eu só queria saber como estou...

_________________________

8 de dez. de 2009

GESTÃO DE RESULTADOS

.
Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome: Flávia.
Uma era freira e a outra, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro as esperava.
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Não, a taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bem, ganhaste o paraíso. Leva esta túnica com fios de ouro. Podes entrar.
A seguir...
- O teu nome?
- Flávia
- A freira?
- Sim, eu mesma.
- Bem, ganhaste o paraíso. Leva esta túnica de linho. Podes entrar.
A religiosa diz:
- Desculpe, mas deve haver um engano. Eu sou Flávia, a freira!
- Sim, minha filha, e ganhaste o paraíso. Leva esta túnica de linho...
- Não pode ser! Eu conheço a outra, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu, esta?
- Não há nenhum engano - diz São Pedro. - É que aqui no céu adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra...
- Não entendo!

- Eu explico: Já ouviste falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ela conduzia o táxi, as pessoas rezavam! Resultado é o que importa!
____________________________

NOSSA VIDA: UM PIQUENIQUE NUMA TARDE DE SOL

.
A visão do budismo tibetano por Chagdud Tulku Rinpoche

Este corpo humano é um veículo raro, e nós precisamos usá-lo bem, sem demora. A finalidade mais elevada de um nascimento humano precioso é o progresso espiritual. Se não formos capazes de cobrir grandes distâncias, podemos ajudar os outros a progredir. Como o mínimo dos mínimos, não devemos fazer os outros sofrer.

É como se você tivesse tomado uma canoa emprestada para cruzar um rio, e em vez de usá-la de imediato, se delongasse, esquecendo-se de que ela não era sua e havia apenas sido cedida a você.
Se você não aproveitá-la enquanto a tem, nunca irá atravessar o rio, pois mais cedo ou mais tarde, a canoa emprestada será tomada de volta, e a oportunidade, perdida.

O nosso tempo de vida não é muito longo. É como um piquenique num Domingo à tarde. Só olhar o sol, ver as coisas crescerem, respirar o ar puro, já é uma alegria. Mas se tudo o que fazemos é ficar discutindo onde pôr a toalha, quem vai sentar em que canto, quem vai ficar com o peito ou a coxa do frango, que desperdício! Mais cedo ou mais tarde o tempo fecha, a tarde cai e o piquenique acaba. E tudo o que fizemos foi ficar discutindo e implicando uns com os outros. Pense em tudo que se perdeu.

Você pode estar se perguntando: se tudo é impermanente, se nada dura, como pode alguém viver feliz? É verdade que não podemos, de fato, agarrar e nos segurar às coisas, mas podemos usar esse conhecimento para olhar a vida de modo diferente, como uma oportunidade muito breve e rara.

Se trouxermos à nossa vida a maturidade de saber que tudo é impermanente, vamos observar que nossas experiências serão mais ricas, nossos relacionamentos mais sinceros, e que teremos maior apreciação por tudo aquilo que já desfrutamos.

Também seremos mais pacientes. Vamos compreender que, por pior que as coisas possam parecer no momento, as circunstâncias infelizes não podem durar. Teremos a sensação de que seremos capazes de suportá-las até que passem. E, com maior paciência seremos mais delicados com as pessoas à nossa volta. Não é tão difícil manifestar um gesto amoroso quando nos damos conta de que talvez nunca mais iremos ver uma tia-avó nossa. Por que não deixá-la feliz? Por que não dispor de tempo para ouvir todas aquelas histórias antigas?

Chegar à compreensão da impermanência e ao desejo autêntico de fazer os outros felizes, nesta breve oportunidade que temos juntos constitui o começo da verdadeira prática espiritual. É esse tipo de sinceridade que catalisa a transformação em nossa mente e em nosso ser. Não precisamos raspar a cabeça nem usar vestes especiais. Não precisamos sair de casa nem dormir numa cama de pedras. A prática espiritual não requer condições austeras – apenas um bom coração e a capacidade de compreender a impermanência.
.
Se apenas exibirmos a nossa a nossa espiritualidade - queimando o incenso correto, sentado na postura correta, dizemos as palavras corretas - corremos o risco de nos tornamos mais orgulhosos, mais paternalistas, mais implicantes e donos da verdade. Esse tipo de falsa prática em nada ajuda a nós ou aos outros. O objetivo da prática espiritual não é fazer crescer os nossos defeitos. Buda ensinou 84.000 métodos para propiciar a transição de mente ordinária para a extraordinária - mas todos se resumem num ponto essencial: a bondade do coração.
___________________________

6 de dez. de 2009

XI Volta Internacional da Pampulha

.
Nunca vi tanta gente doida reunida em um só local. Eram cerca de 12.500 pessoas, com um parafuso a menos, que participaram da Volta da Pampulha.

Digo isso, devido às condições meteorológicas em que a prova foi realizada e mesmo assim teve uma participação maciça, com gente de todo o Brasil e do mundo.

Na véspera, sábado, como comentei no post anterior, chovia muito na capital mineira, tanto que quando fui dormir, estava bastante convencido de que não iria participar da prova.

Mesmo assim levantamos às 6:00 horas e pouco depois estávamos no refeitório do hotel, que estava lotado de corredores de todo o Brasil. Havia gente de Fortaleza a Porto Alegre. Fiquei conhecendo muita gente interessante e agradável.

Quando Eu e Glória chegamos no local da largada da prova já estava lotado e nós como muita gente, de guarda-chuva, capas plásticas, era água só. E eu ainda em dúvida, que já dava lugar à vontade de participar. O clima (não meteorológico) era contagiante e à todo momento encontrava com conhecidos. A empolgação aumentava a cada momento, mas quando vi a medalha de participação, concluí que não podia ficar de fora.

No momento em que se aproximou o horário da largada geral, às 9:15 h, a chuva aumentou sobremaneira, mas nós, já convictos, só pensávamos no que nos esperava.

Durante toda a prova choveu, às vezes forte, outras fraco, mas não ficamos sem essa companhia da natureza. Era muita poça d’água e o que mais me incomodou foram os pés que permaneceram gelados acentuando os incômodos causados pelo longo tempo realizando o mesmo movimento. Segundo cálculos devo ter dado cerca de 20.000 passadas.

No mais, o percurso da prova é maravilhoso. Contornando toda a orla da bela Lagoa da Pampulha, passando pela Igreja de São Francisco, obra do Oscar Niemeyer e símbolo do local. Passamos pela Toca da Raposa, sede do Cruzeiro Esporte Clube, pelo Zoológico, Museu de Arte Moderna e muitos outros pontos turísticos.

Já no final da prova, quando passamos pela ponte sobre a barragem da lagoa, pudemos ver a beleza daquela lagoa, ornamentada por um grande leque de água, esguichado para cima como uma fonte de água que brotava da água. Isso do lado direito, já que pela esquerda tínhamos a bela visão da cabeceira da pista do Aeroporto da Pampulha. A partir daí, o foco era só na chegada, vez que faltava menos de 1km. No mais tudo era permeado pela bela natureza do local.

Até o 3º km acompanhei a Glória, num ritmo de 7 min/km, quando apertei o passo chegando a 5 min/km, o que não consegui manter até o final da prova, devido ao incômodo nos pés.

Concluo que foi muito bom, mesmo com aquela chuva, tudo transcorreu em perfeita ordem. E depois um recompensador banho quente e demorado. Valeu a pena!

Domingo que vem, 13 de dezembro, teremos nossa 10ª Corrida Preparatória, com 12,6 km, que tem por objetivo “afinar a máquina” para a São Silvestre. Até lá!
_______________________

5 de dez. de 2009

Crônica de um dia carregado de nostalgia e expectativa

Hoje pela manhã, bem cedo, vim para a capital mineira retirar o kit do atleta para participar da 11ª Volta Internacional da Pampulha.

Na véspera, já havia consultado o Climatempo que indicava só chuva e não deu outra, durante a viagem e na Pampulha, na sede do Iate Clube, onde seria entregue o kit era aquela aguadia, porém acompanhada daquele clima gostoso e afável de pré-prova. Conversa com um, com outro desconhecido, assinatura de revista, compra de alguma bugiganga ligada a corrida. Como sempre. Inclusive a tradicional retirada dos Kits de vários amigos que só virão no dia da prova.

Entulhado de sacolas de kits fui para o hotel já reservado. Era só chuva. Instalado após um almoço com muita verdura e um pouco de carboidrato, como é recomendado, houve pausa para um relax.

Como um turista, onde já morei há quase trinta anos, andei pelas ruas como se estivesse em um lugar desconhecido, e ao mesmo tempo relembrando nostalgicamente de muita coisa. Há muito tempo só venho à Belo Horizonte apenas a serviço e, diga-se de passagem, muito rápido.

No final da tarde, após um gostoso cochilo, quando chovia sem parar, com a água caindo na lata que cobre o aparelho de ar condicionado, do lado de fora, no 16º andar, tinha seu barulho aumentado, o que muito me agradava. Gosto tanto de chuva que já cheguei a colocar uma lata na sacada do meu quarto para aumentar seu barulho. Curioso que depois de fazer isso várias vezes, em um livro que li, mencionava sobre esta prática.

Até ai tudo muito romântico, mas não deixava de pensar como seria a Volta da Pampulha, na manhã seguinte. As evidências eram de 18 km debaixo de muita chuva e o pior, aguardar a largada naquelas condições. Cheguei até a questionar a minha participação. Chovia muito!

No final da tarde, sai para tomar um café, e ao lado do hotel que fica no centro da cidade, deparo com uma lanchonete, daquelas que tem um punhado de liquidificadores à mostra, cada um com uma vitamina diferente. Não resisti, mais uma vez, nostalgicamente, lembrei-me dos velhos tempos e pedi à moça um copo de vitamina de frutas com a de abacate, porém, a de frutas servida até meio copo e a de abacate por cima sem deixar muito misturar. O copo fica bicolor. Tomei esta mistura acompanhada de um gostoso pão de queijo. Esse era meu desjejum todos os dias nos meus idos vinte e poucos anos. O sabor me fez viajar no tempo.

Agora, de volta ao quarto do hotel, ao som da sinfonia molhada da natureza, não poderia deixar de registrar esse momento permeado de nostalgia e expectativa. Quanto à prova de amanhã que não tenho a menor idéia o que sucederá.

Enquanto ansioso aguardo a chegada do grande momento, mais tarde terei o já tradicional jantar de massa pré-prova.

___________________

2 de dez. de 2009

A descoberta do século!

Depois de anos de incansáveis pesquisas, os geólogos concluíram que Minas Gerais não é banhada pelo mar devido às fervorosas orações dos mineiros.
_____________________

Santa insanidade!

.
Hoje pela manhã, em um telejornal, vi uma notícia sobre pessoas que esperavam há dois dias em uma fila longa e desorganizada, para comprar ingresso para um jogo de futebol.

Além da maioria não conseguir o ingresso, houve pancadaria, agressões de toda natureza. Uma verdadeira baderna.

Do conforto de onde estava observava aquela estupidez buscando uma justificativa para o ato inconsequente daquelas pessoas que enfrentavam adversidade de toda natureza, para comprar um ingresso para assistir a um jogo de futebol.

Sempre questionei a sanidade do ato de “torcer” para algo, como time de futebol, piloto de carro de corrida e qualquer outra coisa que, na realidade, não temos qualquer ligação.

É um ato desvairado onde se concentra energia para o sucesso de alguém que não participa de nossa vida e tão pouco conhecemos pessoalmente e que, na realidade, não nos diz respeito em nada.

Há muito, assistindo a uma entrevista ao músico Lobão, que se apresenta como um porra-louca, ele falou algo que sintetiza bem o que é um “torcedor”, é aquele que “goza com o pau do outro”.

No caso específico do futebol, o torcedor esforça para o sucesso de um sem número de pessoas que nem conhece, como o cartola, o jogador, o técnico, o comentarista, dentre outros. E fazem isso gratuitamente.

Nenhuma dessas pessoas concentra energia ou esforço em prol daquele torcedor, que em sua maioria trabalha de sol a sol, ganha um salário mínimo, paga aluguel, tem uma vida miserável e, mesmo assim, torce, briga, assiste à televisão atraindo patrocinadores, enfrenta fila, apanha, paga ingresso e contorce de todo o jeito para que aqueles desconhecidos, que nem sabem de sua existência gozem. E como gozam!

Esta situação não se aplica apenas ao futebol, mas a todo tipo de torcida insana, como o torcedor político. Torcer não é um ato sensasto, a não ser que seja para nós mesmo, para nossos amigos terem sucesso, para nossos familiares ou para alguém, que mesmo não sendo conhecido, realmente mereça.

Curioso é que eu nunca vi ninguém torcendo para um cientista descobrir a cura de uma doença que apoquenta a humanidade e nem para outras situações semelhantes.

Neste momento lembro de uma frase do pensador indiano Sri Nisargadatta Maharaj que deixo para a reflexão de todos:

“Minha vida é uma sucessão de eventos, exatamente como a sua. Só que eu estou desapegado e vejo o show que passa somente como um show que passa, enquanto você se agarra às coisas e fatos e se move junto com eles.”
__________________________

1 de dez. de 2009

XTerra Night Trail Run


Sábado, dia 28 de novembro, em Tiradentes, com largada pontual às 20:00 horas, aconteceu a XTerra Night Trail Run, a corrida de aventura do circuito de provas de aventura XTerra no Brasil, da edição Regional Estrada Real – MG.

A edição de Tiradentes fechou o circuito nacional, que teve além da Night Trail Run, as provas de Duathlon, Mountain Bike e Corrida Infantil.

A infraestrutura do evento superou tudo que eu já tinha visto em termos de corrida, bem como o kit do corredor, que contava com uma lanterninha de cabeça, sem a qual não seria possível participar da prova dado a escuridão.

A prova teve um grau de dificuldade que me surpreendeu. Jamais imaginei que iria enfrentar uma verdadeira pedreira. Teve piso de todo jeito. Aquele calçamento péssimo de Tiradentes, pé-de-moleque, muita lama, atoleiros, pedra solta, pasto, mato, trilhas estreitas, córregos a serem atravessados, buracos, muita subida íngreme e longa, enfim, um verdadeiro exercício de superação.

Tanto que toda prova agracia os participantes com a chamada “medalha de participação” ou “medalha de finisher”, a desta prova leva o nome de “medalha de Survivor” (sobrevivente).

Em todo o evento havia participantes de várias partes do mundo e a Night Trail Run contou com três participantes de Divinópolis, Eu, a Glória e o Sandro Cruz, devidamente trajando o conhecido uniforme de nossa equipe Acord.

Como sempre ocorre em corridas fora daqui, fomos reconhecidos, devido nosso uniforme e quando cada um entrou no funil, o locutor da prova saldou a Acord e Divinópolis.

Houve um consenso entre nós três: - foi a melhor prova que já participamos até hoje.


O ano que vem estamos com planos de participar não só da etapa de Tiradentes, mas de outros lugares, já que o circuito acontecerá em cerca de doze cidades diferentes pelo Brasil.

________________________