11 de nov. de 2009

Assim disse o bruxo!

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Existem livros que vale a pena revisitar de vez em quando. Ontem à noite buscando algo para ler peguei “A Erva do Diabo”, livro escrito por Carlos Castanheda, então estudante americano de antropologia, que foi ao México conhecer a cultura nativa e suas drogas alucinógenas, para fundamentar sua tese de pós-graduação.

Nesta empreitada, Castanheda conviveu por alguns anos com um velho índio, que dominava os “poderes” da pajelança, e chamado por ele de Dom Juan.

O trabalho de pós-graduação virou livro e o índio Dom Juan seu personagem principal.

Esse livro foi lançado no final da década de 60, época auge da contracultura hippie onde a tônica era sexo, droga e rock-and-roll, e quando tudo isso acontecia de uma forma romântica.

Naquela época, e até mesmo uma década depois, esse livro era uma das bíblias hippie, juntamente com os escritos pelo Lobsang Rampa e outros mais.

A narrativa, às vezes é entediante dado às divagações, como se estivessem narrador e leitor em viagens alucinógenas.

Mas é um livro muito bom, com reflexões profundas que nos propicia muito prazer durante a leitura. Exemplo disso, é o trecho a seguir transcrito, que encontra-se grifado no meu livro, como várias falas fantásticas. Esta é uma fala do bruxo Don Juan para Carlos Castanheda, que nos faz refletir sobre a soberba.

“...muito de nossa energia é usada para sustentar a nossa empáfia... Se conseguíssemos perder um pouco dessa empáfia, duas coisas extraordinárias aconteceriam: libertaríamos essa energia que tenta preservar a noção ilusória de nossa grandeza e teríamos energia sobrando para vislumbrar a verdadeira grandeza do universo.”
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2 comentários:

Unknown disse...

Ildeu e sua cultura plural.... Valeu o resgate deste livro!!!
Estou sempre por aqui te lendo!!!

Ildeu Guimarãres Mendes disse...

É um prazer contar com sua visita, o que muito valoriza o blog, dada sua cultura.
Obrigado.