5 de dez. de 2009

Crônica de um dia carregado de nostalgia e expectativa

Hoje pela manhã, bem cedo, vim para a capital mineira retirar o kit do atleta para participar da 11ª Volta Internacional da Pampulha.

Na véspera, já havia consultado o Climatempo que indicava só chuva e não deu outra, durante a viagem e na Pampulha, na sede do Iate Clube, onde seria entregue o kit era aquela aguadia, porém acompanhada daquele clima gostoso e afável de pré-prova. Conversa com um, com outro desconhecido, assinatura de revista, compra de alguma bugiganga ligada a corrida. Como sempre. Inclusive a tradicional retirada dos Kits de vários amigos que só virão no dia da prova.

Entulhado de sacolas de kits fui para o hotel já reservado. Era só chuva. Instalado após um almoço com muita verdura e um pouco de carboidrato, como é recomendado, houve pausa para um relax.

Como um turista, onde já morei há quase trinta anos, andei pelas ruas como se estivesse em um lugar desconhecido, e ao mesmo tempo relembrando nostalgicamente de muita coisa. Há muito tempo só venho à Belo Horizonte apenas a serviço e, diga-se de passagem, muito rápido.

No final da tarde, após um gostoso cochilo, quando chovia sem parar, com a água caindo na lata que cobre o aparelho de ar condicionado, do lado de fora, no 16º andar, tinha seu barulho aumentado, o que muito me agradava. Gosto tanto de chuva que já cheguei a colocar uma lata na sacada do meu quarto para aumentar seu barulho. Curioso que depois de fazer isso várias vezes, em um livro que li, mencionava sobre esta prática.

Até ai tudo muito romântico, mas não deixava de pensar como seria a Volta da Pampulha, na manhã seguinte. As evidências eram de 18 km debaixo de muita chuva e o pior, aguardar a largada naquelas condições. Cheguei até a questionar a minha participação. Chovia muito!

No final da tarde, sai para tomar um café, e ao lado do hotel que fica no centro da cidade, deparo com uma lanchonete, daquelas que tem um punhado de liquidificadores à mostra, cada um com uma vitamina diferente. Não resisti, mais uma vez, nostalgicamente, lembrei-me dos velhos tempos e pedi à moça um copo de vitamina de frutas com a de abacate, porém, a de frutas servida até meio copo e a de abacate por cima sem deixar muito misturar. O copo fica bicolor. Tomei esta mistura acompanhada de um gostoso pão de queijo. Esse era meu desjejum todos os dias nos meus idos vinte e poucos anos. O sabor me fez viajar no tempo.

Agora, de volta ao quarto do hotel, ao som da sinfonia molhada da natureza, não poderia deixar de registrar esse momento permeado de nostalgia e expectativa. Quanto à prova de amanhã que não tenho a menor idéia o que sucederá.

Enquanto ansioso aguardo a chegada do grande momento, mais tarde terei o já tradicional jantar de massa pré-prova.

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