25 de abr. de 2010

III Mountain Bike de Pitangui

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Hoje participei de minha primeira prova de Mountain Bike e estreei em grande estilo, pois, subi ao pódio, figurando em 6º lugar da categoria Over 50.
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Pratico corrida rústica há bom tempo, tendo participado de inúmeras provas e ainda não tinha passado por esta gratificante sensação de ser premiado.

Minha façanha ganhou proporções de um feito heróico, considerando que esta prova é muito difícil, dado a topografia acidentada de Pitangui e devido ao fato de que fui o único competidor que utilizou uma bicicleta com quadro de ferro e todos os demais componentes desse mesmo material, com apenas 18 marchas, cambio de alavanquinha, super antiquado e sem amortecedor dianteiro, além de não ter teinado.

Competi com um verdadeiro camelo, velho, ultrapassado, com pneus gastos, o que aumentou o grau de dificuldade e desconforto a níveis extremos.
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Havia muito ceticismo de que eu conseguiria concluir o pesado percurso de 38 km, mas, para surpresa de todos, além de terminar a prova ainda alcei ao pódio.
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Jamais imaginei existir em provas desta natureza, um percurso tão pesado e extremamente perigoso, tendo ocorrido vários acidentes, alguns até graves e muita bicicleta quebrada. Mesmo assim, eu e meu camelo chegamos inteiros e bem, prontos para outra.
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Esta participação, devo ao convite do inestimável amigo Helder, que além do incentivo, emprestou-me alguns acessórios, como camisa, luvas, o capacete do Kunô, que também deu a maior força.
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Assim, dedico ao amigo Helder, que também subiu ao pódio em sua categoria (Over 45), a minha vitória, a quem muito agradeço.
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A despeito de ter gostado do evento e reconhecer o valor da iniciativa, fiquei decepcionado, com a medalha de participação, extremamente precária, nem um pouco condizente com o valor das inscrições e a sofisticação do esporte, além de deixar muito a desejar quanto ao grau de dificuldade, que na verdade trata-se de uma “medalha de Survivor”.

Vale ainda ressaltar outras falhas que carecem ser revistas para a próxima edição: o abastecimento de água que não atendeu a todos os competidores e a assistência médica precária.

Outro ponto a ser revisto é o horário de largada, às 10 horas, que atrasou um pouco, castigando todo mundo, competidores, organizadores, staff e o público em geral.
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Tenho lutado para que as provas de corrida rústica ocorram mais cedo, devido ao incontestável aumento do calor, o que deve ser avaliado também pelos mountain bikers.
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Eu reconheço que não é fácil organizar um evento desta natureza, pois sou envolvido com corrida rústica e conheço as nuanças de perto, portando, o meu objetivo em apontar as falhas é no sentido de contribuir para melhorar.

Como apontei algumas falhar gostaria de falar sobre um ponto positivo, que muito me chamou a atenção que foi o balizamento do percurso, estava perfeito. Não tive a menor dificuldade neste sentido, mesmo quando se cortava pasto, matas e local sem caminho definido. Neste ponto dou nota 10 para a organização.
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Questionado se havia me arrependido de ter passado por toda essa situação adversa ao extremo, respondi que teria arrependido se não tivesse participado, pois além de ter sido uma festa bonita, gosto muito desses desafios.
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Enfim, sobrevivi e carregado da agradável sensação de que posso, quando determino fazer. Esse exercício de superação nos faz crescer.
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Neste mesmo sentido, dia 22 de maio, eu e a Glória estaremos participado de mais uma corrida de aventura, em Teresópolis, no estado do Rio, que consiste em uma corrida rústica em um percurso semelhante a este da mountain bike. Darei notícias.
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4 comentários:

Unknown disse...

Parabens, + eu nao teria coragem, isso e so para herois msm.....

Anônimo disse...

Já corre... agora tá pedalando... só falta nadar. Aí é Triathlon na certa. Hehehe.

Abraços. João Weitzel UP! Academia.

Unknown disse...

Muito bom! muito bom! muito bom! Se aparecer uma corrida de camelos ou avestruzes pode me chamar. Um abraço.

Unknown disse...

se for fazer triathon, ou duathon, pode contar comigo, to dentro...